06 março 2020

[RESENHA] Ir Também é Ficar - Vanessa Brunt



TÍTULO: Ir Também é Ficar
ANO DE LANÇAMENTO: 2019
EDITORA: Penalux
NUMERO DE PAGINAS: 110
CLASSIFICAÇÃO: 


SINOPSE: Até que ponto podemos mesmo ir embora? As bases das tramas curtas de seis autores que são relevantes para a nova geração se interligam ao trazer reflexões aprofundadas sobre tal indagação. Em cada página, estão personagens com diferentes formas de enxergar o mundo, assim como metáforas que criticam aspectos dos relacionamentos humanos atuais em suas várias maneiras.
A leveza do amor, a urgência do romance, o peso da traição e a quebra das banalidades andam de mãos dadas nas entrelinhas dos contos de Evanilton Gonçalves, Edgard Abbehusen, Mariana Paiva, Matheus Peleteiro, Elizza Barreto e Vanessa Brunt.
Com críticas sociais de diversos escalões, esta é uma obra que faz ode aos que se indignam com as inversões de culpas sociais. Indo de uma distopia até os pontos mais literais do passado e presente, este livro é feito para quem sabe que uma vez que entramos, nunca mais podemos ir.



       Venho aqui um pouco mais apaixonada pela autora, que novamente me abalou com seu talento em escrever um romance distópico cheio de sentimentos. Se eu amo poesias nem sei como classificar o que sinto por por histórias que são completamente inundadas nelas!

     Na verdade a obra traz 6 tramas de autores diferentes, a que mais se destaca é Ir Também é Ficar, as outras são menores, mas não menos importantes. Cada uma traz personagens únicos que passam por seus acontecimentos e problemas, mostrando sempre as suas maneiras de encarar e superá-los!
      Em Ir Também é Ficar o futuro se faz presente, em pleno ano de 2040 à personagem principal Felícia mostra como é seu mundo: Um local onde é proibido criar laços afetivos! As pessoas moram em uma casa por algum tempo e depois são remanejadas a novas casas com novas pessoas para dividi-la! Pais, casamentos, laços familiares, ligações... tudo já não existe e é algo desconhecido na atualidade!
      As passagens são rápidas, mas não ameniza a intensidade com a qual me chocaram! Felícia é inserida em um novo lar com novas pessoas e é nessa nova relação de afeto que sua vida vai mudar e irá causar uma revolução interna nela mesma!

      Cheia de críticas sociais, com aprofundamento poético em todas as ações é possível conhecer bem esse tipo de futuro onde ficar não é possível, a partida permite quebrar ligações e traz a necessidade de se fazer novamente.
     Em cada partida deixamos um pouco de nós, não é possível ir embora e levar totalmente nossas evidências de um local ou sobre uma pessoa! A angústia me acompanhou friamente durante a reta final dessa leitura, a realidade se faz presente de uma forma assustadora, mas necessária para o final impactar!

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