SINOPSE
Um homem salva a vida de uma mulher anônima em uma Noite de São João e com isso desperta forças muito além de sua compreensão. Um ser que parece um anjo surge e o convida a uma missão: ir ao Inferno e escrever um livro. O resultado não se parece com nada que você já tenha visto. Os demônios de que trata e que contém não são metáforas, símbolos ou meras fantasias e tampouco repete o que todos já sabem sobre o tema.
Não é um romance e muito menos ficção. Embora mostre a vida de um homem contada por ele mesmo, não é uma autobiografia. Tampouco é um tratado de Demonologia ou um grimório. Fique à vontade para percorrer os caminhos escuros onde o Amor não habita.
RESENHA
Confesso que não esperava ler o que encontrei nesse livro. Por ser algo totalmente diferente do que já li - inclusive nunca tive conhecimento de um livro como esse - fui tão envolvido na leitura que devorei as 400 páginas em 1 dia! Algo inédito para mim.
O livro, bem como trata a sinopse, é sobre a literal descida ao inferno. O autor foi convidado por um anjo para conhecer, desbravar e depois escrever sobre tudo que lá ele viu, desde os hábitos até os locais onde "vivem" os seres das trevas.
O autor, um grande estudioso do mundo sombrio, por já ter um conhecimento vasto na área, fez uma divisão quase empresarial do inferno e seus comandantes. Cada demônio tem uma finalidade e uma especialidade, por isso cada encontro era cheio de surpresas, aflições, medo e esperança (esperança no fim dessa árdua tarefa).
O primeiro encontro é com aquele que é considerado o primeiro de todos e mais poderoso, Lucifer; que logo apos a Queda, se divide criando Satan. Cada encontro é único e cada demônio é dotado de uma característica, de Satan, passando por Belzebuth - para mim, o mais difícil de ler, por ser o demônio conhecido como o Senhor das Moscas, o Rei da putrefação, a quantidade de sujeira e nojeira é de deixar o estômago revirado -, Astaroth, Lilith, Asmodeu, Mefistofeles, Belial, Belphegor, Leviathan até o último demônio (que não direi qual é, deixarei vocês boquiabertos como eu fiquei ao final).
O autor não é considerado Mago a toa, pois poucos sairiam desse projeto com vida, não digo ileso pois o Antonio Augusto carrega, ainda vinte anos depois, todas as chagas desses encontros. Mesmo com toda a proteção divina que ele carregava, estar onde ele esteve não é tarefa fácil. O livro possui uma divisão por capítulos muito boa e que facilita o entendimento, além da escrita do autor ser excelente, com uma erudição sem pedância. O tema é forte, existem passagens dificílimas de serem lidas, mesmo sendo um apreciador do tema tive que parar por alguns momentos a leitura. Como já disse e baterei sempre nesse quesito, não é um livro para todos.